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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O Egito de Napoleão Bonapart

O Egito de Napoleão Bonaparte

Exposição inédita no Brasil traz as primeiras impressões do general francês ao conquistar as terras egípcias no século XVIII

Natália Rangel
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BELEZA DO ORIENTE
Imagem de colunas egípcias (colorida no século XIX) mostra a
entrada de palácio na Ilha de Philae, conquistada por Napoleão
 
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As primeiras imagens que o general Napoleão Bonaparte viu dos monumentais templos e ruínas egípcios estavam esboçadas em papiro e lhe foram mostradas pelo artista e barão francês Dominique Vivant Denon. Era o ano de 1798 e Napoleão liderava um exército de 35 mil soldados em sua conquista do Egito enquanto o nobre barão europeu chefiava um grupo de 167 cientistas e artistas que viajara com ele ao país para pesquisar a cultura e a história locais. O jovem Napoleão (ele tinha 29 anos) ainda não pudera contemplar as exóticas construções egípcias ao vivo, porque priorizava as batalhas em terras do Egito, e impressionou-se com o que viu retratado por Denon. Ordenou que os pesquisadores as medissem e as desenhassem com riqueza de detalhes – isso depois de se certificar de que não seria possível transportá-las para a França. No ano que se seguiu, um gigantesco acervo de desenhos, gravuras e objetos que representam a cultura do Egito antigo foi produzido e todo esse material se transformou na enciclopédia “Description de L’Egypte”, com 23 volumes, que é hoje, por causa da visionária iniciativa de Napoleão, a maior referência que se tem desse período histórico.
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DIANTE DA ESFINGE
Napoleão e a Esfinge retratados em desenho do século XVIII.
Os artistas que participaram da expedição receberam a
missão de medir e registrar detalhes do monumento
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A MESQUITA MODERNA
No Cairo, o pátio iluminado de uma mesquita egípcia teve sua
arquitetura retratada em exatas escalas matemáticas
 
 
A inédita exposição “O Egito Sob o Olhar de Napoleão”, organizada pelo Itaú Cultural em São Paulo e que abre ao público no sábado 6, traz ao Brasil, pela primeira vez, justamente uma amostra desse material, incluindo peças de coleções particulares e 14 matrizes em bronze de grandes dimensões que pertencem ao Museu do Louvre, em Paris. Entre elas há um zodíaco esculpido em cobre que ornamentou o teto do Templo de Denderah, a reprodução de uma placa que contém a escrita do “Livro dos Mortos” com ensinamentos da religião islâmica, a arquitetura primal das mesquitas e um desfile das grandes deusas egípcias. Um portentoso palácio decorado em cores fortes – que foi reproduzido já colorizado em 1802 – representa uma edificação da ilha de Philae conquistada pelo exército napoleônico. O histórico encontro do grande general com a Esfinge também está documentado, assim como o retrato dos cientistas com seus aparatos de medição ao redor do monumento. Napoleão visitou as pirâmides um pouco antes da primeira batalha de seu exército. Foi quando disse a célebre frase: “Do alto dessas pirâmides, quarenta séculos nos contemplam.” “Era uma fala de incentivo aos seus soldados”, explica o curador da mostra, o arqueólogo Vagner Cavalheiro Porto.
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O ZODÍACO
A obra original em bronze integrava o teto do Templo de Denderah.
É uma das raras obras de arte vindas do Museu do Louvre
 
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ESCRITA DA MORTE
A monumental placa de bronze que ornamentava um templo muçulmano
reproduz as divindades egípcias, os faraós e a escrita com reflexões sobre a morte

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