De repente, o fim de uma era
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Imperador retratado pelo Barão François Gérard |
Enquanto a Guerra Peninsular permanecia equilibrada
nos anos de 1810 a 1812, Napoleão continuava tentando fazer o Bloqueio
Continental funcionar. Entretanto, a Rússia permitia ocasionalmente que
navios ingleses ancorassem em seus portos. Isso enfureceu Bonaparte, que decidiu
lançar a maior operação militar da Era Napoleônica,
que tinha por objetivo esmagar a Rússia de forma que os outros países
temessem relaxar o bloqueio.
Em junho de 1812, Napoleão atravessou,
com aproximadamente 700 mil soldados, o Rio Neman e invadiu a Rússia.
Os russos sabiam que não tinham como derrotá-lo em um combate
em campo aberto, por isso iniciaram uma campanha de "terra arrasada":
os russos recuavam e destruíam os campos. Desse modo, as tropas de Napoleão não
tinham o que pilhar para se alimentar.
Os dois exércitos se envolveram em
poucos confrontos até a chegada de Napoleão na entrada de Moscou,
no início de setembro de 1812. Ele imaginava que — com a ocupação
da capital — os russos iriam implorar pela paz. Entretanto, os soldados
resistiram e defenderam a capital por aproximadamente uma semana, enquanto a
população a abandonava. Ao invadi-la, em 14 de setembro, Napoleão
surpreende-se, pois a cidade estava em chamas. O incêndio durou até
o dia 18, quando 3/4 da cidade estavam devastados.
Bonaparte percebeu que não conseguiria
obrigar os russos a se renderem e que não tinha como garantir suprimentos
para suas tropas avançarem em território inimigo. Então,
ele decidiu voltar com seu exército para a Polônia. Sua intenção
era evitar passar pelo mesmo caminho que fizera para chegar até ali,
por saber que esse trajeto estava devastado. Entretanto, um destacamento avançado
do exército francês, encarregado de assegurar a rota, foi derrotado
pelos russos e Napoleão teve que voltar pelo caminho que queria evitar,
o que foi devastador: a fome provocou a morte dos animais e Napoleão
teve que deixar grande parte de sua artilharia, abandonando os feridos. A fome,
os ataques-surpresa da cavalaria cossaca e a destruição de pontes
sobre os rios reduziram o ritmo da marcha dos franceses, que não conseguiram
escapar do inverno, que os dizimou. Em 14 de dezembro, apenas 22 mil soldados
conseguiram chegar à Polônia.
A Prússia percebeu que finalmente teria
uma chance de derrotar Napoleão. Em agosto de 1813, os franceses atacaram
os exércitos aliados na Prússia. A princípio, Bonaparte
saiu vitorioso, mas logo a Áustria e a Suécia fizeram parte da
coalizão e os aliados cercaram-no perto de Leipzig. Em 16 de outubro,
iniciou-se a Batalha das Nações, que duraria três dias até
Napoleão bater em retirada. Diversos países da Confederação
do Reno abandonaram a aliança com Napoleão e a coalizão
iniciou uma marcha em direção a Paris. Em 31 de março de
1814, Paris foi dominada e, poucos dias depois, Napoleão se rendeu.
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Sexta Coalizão
Em 23 de junho de 1812, Napoleão
iniciou a invasão da Rússia, que se juntou à
Grã-Bretanha, Portugal e Espanha para formar uma nova coalizão.
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