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terça-feira, 11 de junho de 2013

DE REPENTE O FIM

De repente, o fim de uma era
Enciclopédia Delta
Imperador retratado pelo Barão François Gérard

Enquanto a Guerra Peninsular permanecia equilibrada nos anos de 1810 a 1812, Napoleão continuava tentando fazer o Bloqueio Continental funcionar. Entretanto, a Rússia permitia ocasionalmente que navios ingleses ancorassem em seus portos. Isso enfureceu Bonaparte, que decidiu lançar a maior operação militar da Era Napoleônica, que tinha por objetivo esmagar a Rússia de forma que os outros países temessem relaxar o bloqueio.
Em junho de 1812, Napoleão atravessou, com aproximadamente 700 mil soldados, o Rio Neman e invadiu a Rússia. Os russos sabiam que não tinham como derrotá-lo em um combate em campo aberto, por isso iniciaram uma campanha de "terra arrasada": os russos recuavam e destruíam os campos. Desse modo, as tropas de Napoleão não tinham o que pilhar para se alimentar.
Os dois exércitos se envolveram em poucos confrontos até a chegada de Napoleão na entrada de Moscou, no início de setembro de 1812. Ele imaginava que — com a ocupação da capital — os russos iriam implorar pela paz. Entretanto, os soldados resistiram e defenderam a capital por aproximadamente uma semana, enquanto a população a abandonava. Ao invadi-la, em 14 de setembro, Napoleão surpreende-se, pois a cidade estava em chamas. O incêndio durou até o dia 18, quando 3/4 da cidade estavam devastados.
Bonaparte percebeu que não conseguiria obrigar os russos a se renderem e que não tinha como garantir suprimentos para suas tropas avançarem em território inimigo. Então, ele decidiu voltar com seu exército para a Polônia. Sua intenção era evitar passar pelo mesmo caminho que fizera para chegar até ali, por saber que esse trajeto estava devastado. Entretanto, um destacamento avançado do exército francês, encarregado de assegurar a rota, foi derrotado pelos russos e Napoleão teve que voltar pelo caminho que queria evitar, o que foi devastador: a fome provocou a morte dos animais e Napoleão teve que deixar grande parte de sua artilharia, abandonando os feridos. A fome, os ataques-surpresa da cavalaria cossaca e a destruição de pontes sobre os rios reduziram o ritmo da marcha dos franceses, que não conseguiram escapar do inverno, que os dizimou. Em 14 de dezembro, apenas 22 mil soldados conseguiram chegar à Polônia.
A Prússia percebeu que finalmente teria uma chance de derrotar Napoleão. Em agosto de 1813, os franceses atacaram os exércitos aliados na Prússia. A princípio, Bonaparte saiu vitorioso, mas logo a Áustria e a Suécia fizeram parte da coalizão e os aliados cercaram-no perto de Leipzig. Em 16 de outubro, iniciou-se a Batalha das Nações, que duraria três dias até Napoleão bater em retirada. Diversos países da Confederação do Reno abandonaram a aliança com Napoleão e a coalizão iniciou uma marcha em direção a Paris. Em 31 de março de 1814, Paris foi dominada e, poucos dias depois, Napoleão se rendeu.

Sexta Coalizão
Em 23 de junho de 1812, Napoleão iniciou a invasão da Rússia, que se juntou à Grã-Bretanha, Portugal e Espanha para formar uma nova coalizão.

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