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terça-feira, 11 de junho de 2013

O LEGADO DA ERA NAPOLEONICA

O legado da Era Napoleônica
Imagem de Biografias y Vidas
Napoleon en Saint Bernard - Jacques-Louis David

Ao se pensar no legado da Era Napoleônica, não é possível discuti-lo sem lembrar que todo seu contexto está ligado às transformações decorrentes da Revolução Francesa, ocorrida no período de 1789 a 1799. Entre essas mudanças, destacam-se o fim da divisão social entre clero (1.º Estado), nobres (2.º Estado) e demais cidadãos (3.º Estado), a ascensão de novos grupos sociais às esferas de poder e luta política (tais como: burguesia, trabalhadores e as classes médias), como ocorreu com o próprio Napoleão.
Quando chegou ao poder, em novembro de 1799, Bonaparte difundiu os ideais liberais por vastas regiões da Europa (Espanha, Reino da Itália, Reino de Nápoles, Reino da Holanda, Vestfália, etc.) e levou o desejo de liberdade e igualdade para muitas dessas populações subjugadas, que almejavam colocar em prática tais ideais contra as velhas aristocracias e seus privilégios políticos, sociais e econômicos. A monarquia absolutista chegou ao fim em praticamente todos os estados europeus e, até meados do século XIX, quase todos os monarcas europeus assinaram constituições liberais dando mais autonomia aos parlamentos em troca da manutenção da coroa.
Além das idéias oriundas da Revolução Francesa, Napoleão legou uma administração fortemente centralizada, porém eficiente, a essas regiões ocupadas; um sistema de cobrança de impostos e administração pública bem organizado; o sistema métrico e seu Código Civil, que não poderia deixar de ser lembrado. Durante o exílio, Napoleão escreveu: “Minha verdadeira glória não é ter vencido 40 batalhas. Minhas vitórias serão apagadas da memória das pessoas por causa de Waterloo. O que ninguém destruirá, o que viverá para sempre, é o meu Código Civil”.
Por fim, Napoleão foi diretamente responsável por redesenhar o mapa da Europa e das Américas. Na Europa, mais de 300 microestados europeus deixaram de existir e países que não tinham fronteiras contínuas passaram a ter maior integridade territorial. Na América Espanhola, os movimentos contrários ao monarca, fomentados por Napoleão, deram origem aos movimentos de independência, que alcançaram seus objetivos pouco depois da queda de Bonaparte. Ele vendeu o território da Louisiana aos Estados Unidos, abrindo, assim, o Oeste para a colonização. No caso brasileiro, a chegada da coroa portuguesa, pressionada por Napoleão, favoreceu a manutenção da unidade territorial. Além do aspecto geográfico, é importante destacar as questões culturais e políticas, como a vinda das missões artísticas e a independência, obtida em 1822.

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